O Programa de Regularização Fundiária Urbana (Reurb) chegou a Mucajaí para realizar sonhos e transformar vidas. Coordenado pela Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), a iniciativa já alcança nove municípios, sendo Mucajaí o mais recente a ser contemplado, com início das atividades nesta segunda-feira (12).
A execução do programa ocorre em etapas: entrega do georreferenciamento às prefeituras, capacitação dos jovens que realizarão o cadastro imobiliário, e, por fim, a emissão e entrega dos títulos de propriedade.
Em Mucajaí, 15 jovens atuarão diretamente na coleta de dados dos moradores. Entre eles está Geissielly Santana, de 20 anos, que acaba de conquistar uma bolsa de estudos em Portugal e viu no projeto uma oportunidade de garantir renda extra.
“Além de ajudar as pessoas do meu município, vou conseguir economizar para custear minha viagem, que é a realização de um sonho. É muito gratificante que meu primeiro emprego seja em um projeto tão importante e transformador”, disse.
Ademir Guedes, também integrante da equipe, compartilha do mesmo entusiasmo. Para ele, o Reurb beneficia tanto quem já tem um imóvel quanto os jovens que participam da ação.
“É uma oportunidade que veio na hora certa. Vai me ajudar muito, e ainda estou contribuindo para algo maior, que vai beneficiar muitas famílias da cidade”, relatou.
O coordenador do Reurb em Roraima, Joaquim Ruiz, destaca que a parceria com a Prefeitura de Mucajaí vai além da regularização: promove inclusão social e autonomia financeira.
“Estamos criando oportunidades reais para jovens que estão no ensino médio, em cursos superiores ou profissionalizantes, e que buscam o primeiro emprego ou uma fonte de renda”, explicou.
Segurança jurídica para as famílias
A regularização fundiária também representa tranquilidade e segurança para quem mora há anos em imóveis ainda não formalizados. Marlene Prado, moradora de Mucajaí há 36 anos, é uma dessas pessoas. Ela aguarda com expectativa o título definitivo do restaurante que garante o sustento da família.
“Tenho um comprovante de ocupação, mas o título definitivo ainda não. Com ele, vamos poder investir no negócio com mais segurança, buscar melhorias e até acesso a crédito bancário”, contou.
Dona Terezinha de Brito, de 77 anos, vive há 25 anos no município. Nascida no Maranhão, mudou-se para Roraima a convite dos filhos, em busca de uma vida melhor. A casa em que mora foi um presente da família, e agora, com a regularização, terá a certeza de que o imóvel é realmente dela.
“Ter uma casa própria sempre foi um sonho. Aluguel pesa muito no orçamento. Aqui é simples, mas é minha. E isso me traz paz. Com o título definitivo, fico ainda mais tranquila”, concluiu.
Texto: Bruna Cássia
Fotos: Jader Souza
SupCom ALE-RR
