Em um mês dedicado à luta contra a violência de gênero, a Prefeitura de Boa Vista promoveu o evento “Rede que Protege: Fortalecendo a Articulação Intersetorial no Enfrentamento à Violência Contra a Mulher”, nesta terça-feira, 19, no auditório da Secretaria Municipal de Segurança e Ordem Pública (SMSOP).
A proposta foi unir setores da rede de proteção, dentre eles, segurança pública, justiça, saúde e assistência social, para garantir que nenhuma mulher esteja sozinha diante da violência, inclusive as servidoras municipais. A programação iniciou com a apresentação cultural do Instituto Boa Vista de Música (IBVM) e do Coral Artcanto.
Segundo o secretário Cláudio Galvão, essa abordagem ocorre o ano inteiro, mas, neste mês, as ações sobre essa temática são reforçadas. “É impressionante como a violência tem aumentado. Todos os dias recebemos informações de novos casos e isso exige de nós uma atuação social mais constante. A gente precisa seguir em frente, de forma que as mulheres vivam mais seguras e felizes”, destacou Cláudio.
Aurilene Moura, chefe da coordenadoria de enfrentamento a violência doméstica do TJRR, evidenciou os avanços e obstáculos na aplicação da Lei Maria da Penha. Já a coordenadora de Saúde Mental do Município, Gilvânia Matos, abordou sobre o Fluxo de Atendimento em Saúde Mental da Atenção Primária.
Na sequência, a coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Jessyka Pereira, apresentou a temática “Proteger para Libertar: A Patrulha Maria da Penha como elo de Segurança e Cuidado na Rede de Apoio”, contendo os resultados e o impacto do trabalho feito em Boa Vista na proteção às vítimas.
Encerrando o ciclo, a gerente do CREAS Centro, Ana Gabriela Bento, falou sobre “O Papel do CREAS na Articulação da Rede de Proteção e no Atendimento Humanizado às Mulheres”, reforçando a importância do acolhimento e do acompanhamento psicossocial para a reconstrução da autonomia das mulheres em situação de vulnerabilidade.
Quebrando o silêncio
Para a servidora Aloma Khan, a Lei Maria da Penha é essencial para proteger a mulher e garantir que a violência doméstica não seja mais tratada como um problema particular, mas sim como uma questão pública e grave.
“Essa palestra é um momento importante para reforçar esse debate, incentivar a denúncia e lembrar que o silêncio também mata. Eu acredito que a informação, o apoio e o combate ativo à cultura machista são passos fundamentais para mudar essa realidade. Para mim foi gratificante participar deste evento”, contou.