Quando uma política pública gera transformações positivas na vida das famílias, a Prefeitura de Boa Vista pavimenta o caminho para que esse serviço chegue a quem mais precisa. É o que acontece com o programa Família que Acolhe (FQA), onde pais, mães e cuidadores recebem dicas preciosas de como contribuir positivamente para o desenvolvimento dos seus filhos ou de crianças que estejam sob a sua responsabilidade.
Eva Meireles, autônoma, de 43 anos, sabe disso desde que conheceu o FQA. Ela não perde os encontros em grupo. Durante os encontros, são discutidos temas como desenvolvimento saudável do bebê na primeira infância e fortalecimento dos laços afetivos. Ela aprende tudo para garantir um começo de vida melhor para o José Miguel, de 1 ano e 3 meses, visto que não teve a mesma oportunidade na gestação e nascimento dos quatro filhos mais velhos.
“Quando eu engravidei, a primeira coisa que fiz foi me inscrever no programa. A equipe tem um carinho e um cuidado enorme com a gente. Recebo suporte emocional, orientações e até leite para o meu filho. Eu venho muito feliz para os encontros. Mesmo não sendo mãe de primeira viagem, aprendi coisas novas que fazem a diferença na criação do meu bebê”, contou Eva.
Infância de Qualidade – A cada encontro na sede do programa, nos grupos dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou visitas domiciliares com a equipe técnica da prefeitura, as famílias garantem uma primeira infância de qualidade para os bebês. A ciência comprova que esse acompanhamento faz a diferença dos primeiros anos de vida até a fase adulta.
Naelton Carvalho, vendedor, de 27 anos e Kamyla Marinho, auxiliar de engenharia, de 24 anos, são pais da pequena Agnes Carvalho de 1 ano e 5 meses. A família é atendida no CRAS Centenário uma vez por mês. “Cada encontro é um ‘evento’. Vamos todos: mãe, pai, vó. Graças a Deus temos rede de apoio. Todo mundo aprende e ajuda. Agnes é cercada de amor, cuidado e atenção da família e da prefeitura”, destacou Kamyla.
O pai já coleciona memórias afetivas com a pequena e a mãe dela. “Não tem um manual de instrução ensinando como criar uma criança. Mas estamos aprendendo juntos a fazer isso no FQA. É muito bom ver a evolução da Agnes e das outras crianças a cada mês. Elas começam a andar, falar, brincam e socializam, é muito gratificante” disse Naelton.
União de esforços entre a Prefeitura de Boa Vista e a comunidade
O programa Família que Acolhe é uma iniciativa transformadora dedicada ao desenvolvimento integral das crianças, começando desde a gestação até os 6 anos. Mais do que uma política pública municipal, trata-se de uma união de esforços entre a Prefeitura de Boa Vista e a comunidade para garantir pleno crescimento e bem-estar aos pequenos e suas famílias.
Essa colaboração proporciona um ambiente acolhedor e enriquecedor, onde cada criança pode alcançar seu máximo potencial. Iniciado em 2013, o FQA já acompanhou 33.890 gestações. O programa faz parte da Política Pública de Primeira Infância do Município, cujo comitê gestor é composto pelas secretarias de finanças, saúde, comunicação, infraestrutura, educação, social, tecnologia da informação, esporte e cultura, dentre outras.
O resultado desse esforço conjunto? Menos mortalidade e baixo peso ao nascer, maior presença das gestantes nas consultas de pré-natal, aumento do aleitamento materno e menor índice de gravidez na adolescência.
“A prefeitura ajuda a fortalecer vínculos familiares e identificar as necessidades específicas de cada núcleo familiar, articulando a rede de serviços, entre eles, unidades básicas de saúde, creches, pré-escolas, centros de atendimento social, dentre outros, conforme a necessidade dos beneficiários. Assim fortalecemos a política pública e construímos pontes para um futuro melhor”, explicou a Secretária de Projetos Especiais, Andréia Neres.
Como ter acesso ao Programa Família que Acolhe
As interessadas devem se dirigir a um CRAS de Boa Vista ou a sede do programa, localizada na rua Sólon Rodrigues Pessoa, 873, no bairro Pintolândia até 21 semanas de gestação. Após se cadastrarem, as beneficiárias devem comparecer mensalmente aos encontros em grupo ou receber quinzenalmente os visitadores em casa, caso seja uma família atendida pela visitação domiciliar.
Estes atendimentos são organizados conforme a idade gestacional e a faixa etária das crianças. No final da gravidez, as participantes recebem enxovais e, para crianças de 1 ano até elas saírem do programa, são fornecidas três latas de leite por mês. As mães têm a oportunidade de participar de aproximadamente 31 encontros, começando desde a gestação até o bebê completar dois anos.
Após esse período, famílias com maior frequência no programa, dependendo das vagas disponíveis no período, tem vaga garantida para seu filho na creche municipal. As famílias que não obtém vaga na creche continuam sendo acompanhadas pelo FQA até a criança completar 3 anos e 11 meses.