‘Se um atleta não for assumido ou vier de um país onde ser LGBTQ+ é perigoso ou ilegal, usar o Grindr pode colocá-lo em risco’, justifica o app ao ser questionado sobre as reclamações de usuários sobre ferramentas desabilitadas. Americano que mora em Paris fez print da ferramenta bloqueada
Reprodução/X
Quando os atletas começaram a chegar à Vila Olímpica em Paris, no começo desta semana, relatos de vários usuários do X revelaram que o Grindr, aplicativo de relacionamento para a comunidade LGBTQIA+, estava com algumas de suas funções bloqueadas e a medida causou polêmica.
A ferramenta em que os usuários do app podem explorar quem está por perto através de um mapa não está funcionando nos arredores do alojamento dos atletas e o g1 procurou o Grindr para confirmar a informação e entender a decisão.
Além de confirmar a medida, por causa da intensa repercussão, o aplicativo expôs em seu site tudo que planejou para aumentar a privacidade dos atletas na Olímpiada e justificou:
“Se um atleta não for assumido ou vier de um país onde ser LGBTQ+ é perigoso ou ilegal, usar o Grindr pode colocá-lo em risco de ser exposto por indivíduos curiosos que podem tentar identificá-lo e expô-lo no aplicativo”.
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Atletas do Brasil e do mundo já ocupam a Vila Olímpica de Paris
A preocupação é justificada: em 2016, durante os Jogos do Rio, um jornalista britânico usou a ferramenta para escrever um artigo expondo atletas homossexuais. É por isso que, nas Olimpíadas de Inverno de 2022 em Pequim, o Grindr tomou a decisão de desabilitar recursos baseados em localização dentro da Vila Olímpica e outros locais esportivos pela primeira vez.
“Era nossa maneira de garantir que atletas LGBTQ+ pudessem se conectar uns com os outros autenticamente sem se preocupar com olhares curiosos ou atenção indesejada”, afirma o app.
Usuário mostra ferramenta de busca do Grindr bloqueada
Reprodução/X
Além de desabilitar os recursos “Explorar” e “Roaming” na Vila Olímpica, a opção “mostrar distância” também será desativada por padrão, mas os usuários podem compartilhar sua distância aproximada se decidirem ativá-la.
Segundo o Grindr, os usuários também ganharam mais controles de privacidade; veja quais são eles:
Enviar mensagens ilimitadas que desaparecem e cancelar o envio depois que elas forem enviadas, independentemente de ser um usuário premium ou gratuito.
Desativar capturas de tela para imagens de perfil e mídia no bate-papo.
Vídeos privados estão desativados na Vila Olímpica.
Acessar o recurso ‘Denunciar um bate-papo recente’ em Configurações para relatar quaisquer preocupações em 24 horas, junto com nossos outros recursos de segurança aprimorados. ‘Se um atleta não for assumido ou vier de um país onde ser LGBTQ+ é perigoso ou ilegal, usar o Grindr pode colocá-lo em risco’, justifica o app ao ser questionado sobre as reclamações de usuários sobre ferramentas desabilitadas. Americano que mora em Paris fez print da ferramenta bloqueada
Reprodução/X
Quando os atletas começaram a chegar à Vila Olímpica em Paris, no começo desta semana, relatos de vários usuários do X revelaram que o Grindr, aplicativo de relacionamento para a comunidade LGBTQIA+, estava com algumas de suas funções bloqueadas e a medida causou polêmica.
A ferramenta em que os usuários do app podem explorar quem está por perto através de um mapa não está funcionando nos arredores do alojamento dos atletas e o g1 procurou o Grindr para confirmar a informação e entender a decisão.
Além de confirmar a medida, por causa da intensa repercussão, o aplicativo expôs em seu site tudo que planejou para aumentar a privacidade dos atletas na Olímpiada e justificou:
“Se um atleta não for assumido ou vier de um país onde ser LGBTQ+ é perigoso ou ilegal, usar o Grindr pode colocá-lo em risco de ser exposto por indivíduos curiosos que podem tentar identificá-lo e expô-lo no aplicativo”.
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Atletas do Brasil e do mundo já ocupam a Vila Olímpica de Paris
A preocupação é justificada: em 2016, durante os Jogos do Rio, um jornalista britânico usou a ferramenta para escrever um artigo expondo atletas homossexuais. É por isso que, nas Olimpíadas de Inverno de 2022 em Pequim, o Grindr tomou a decisão de desabilitar recursos baseados em localização dentro da Vila Olímpica e outros locais esportivos pela primeira vez.
“Era nossa maneira de garantir que atletas LGBTQ+ pudessem se conectar uns com os outros autenticamente sem se preocupar com olhares curiosos ou atenção indesejada”, afirma o app.
Usuário mostra ferramenta de busca do Grindr bloqueada
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Além de desabilitar os recursos “Explorar” e “Roaming” na Vila Olímpica, a opção “mostrar distância” também será desativada por padrão, mas os usuários podem compartilhar sua distância aproximada se decidirem ativá-la.
Segundo o Grindr, os usuários também ganharam mais controles de privacidade; veja quais são eles:
Enviar mensagens ilimitadas que desaparecem e cancelar o envio depois que elas forem enviadas, independentemente de ser um usuário premium ou gratuito.
Desativar capturas de tela para imagens de perfil e mídia no bate-papo.
Vídeos privados estão desativados na Vila Olímpica.
Acessar o recurso ‘Denunciar um bate-papo recente’ em Configurações para relatar quaisquer preocupações em 24 horas, junto com nossos outros recursos de segurança aprimorados. G1