O senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), apresentou na última semana, dois requerimentos de informações ao Governo Federal exigindo respostas sobre problemas graves que envolvem a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios). Os documentos, protocolados no Senado Federal, revelam preocupações com a situação financeira da estatal e com o direito dos trabalhadores.
No Requerimento nº 252/2025, dirigido ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho, Mecias solicita esclarecimentos sobre a grave crise financeira que atinge a estatal, cujo rombo chega a R$ 3,2 bilhões, conforme divulgado pelo próprio governo. O parlamentar quer saber quais medidas estão sendo tomadas para reverter esse cenário e evitar maiores prejuízos à população e aos trabalhadores da empresa.
Outro ponto abordado no requerimento é a falta de pagamento às transportadoras terceirizadas que prestam serviços logísticos aos Correios. De acordo com o senador, há diversas denúncias de paralisações no transporte de cargas devido à inadimplência da estatal, o que compromete diretamente a entrega de encomendas e correspondências em todo o país.
“Não podemos aceitar que uma empresa pública tão importante para o Brasil seja negligenciada dessa forma. É papel do Senado fiscalizar e cobrar ações concretas. O povo está sendo prejudicado”, afirmou o senador Mecias de Jesus.
Já no Requerimento nº 258/2025, destinado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o senador levanta uma denúncia alarmante: a ausência ou atraso desarrazoado no depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores dos Correios. A solicitação pede informações sobre o valor total que deixou de ser depositado nas contas vinculadas e quais as providências o Ministério da Fazenda está adotando para apurar e corrigir a situação.
Mecias questiona se existem auditorias ou fiscalizações em andamento e cobra do governo federal garantias de que os direitos dos trabalhadores serão respeitados.
“É inadmissível que os trabalhadores dos Correios, que já enfrentam sobrecarga e precarização, ainda tenham que lidar com a insegurança em relação ao seu FGTS. Exijo respeito e transparência com quem move essa empresa todos os dias”, destacou o senador.
Ambos os requerimentos aguardam resposta oficial dos ministérios.