Durante comício em San Cristóbal na segunda (22), o presidente da Venezuela acusou os meios de comunicação internacionais, que estão no país para cobrir as eleições, de o censurar e “manipular” informações sobre sua campanha eleitoral. No poder desde 2012, Maduro tenta a reeleição para um terceiro mandato consecutivo no próximo domingo (28). Nicolás Maduro em 1º de maio de 2024
Leonardo Fernandez Viloria/Reuters
M
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou veículos da imprensa internacional, entre eles a agência de notícias AFP, de “assassinos de aluguel” nesta segunda-feira (22), a seis dias para as eleições presidenciais no próximo domingo (28).
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No poder desde 2012, Maduro tenta a reeleição para um terceiro mandato consecutivo. Ele assumiu interinamente o país após a morte de Hugo Chávez e foi eleito em 2013.
“Eles tentaram nos invisibilizar mil vezes, agora a operação é dirigida por assassinos de aluguel, assassinos de aluguel e da mentira, a agência EFE da Espanha, a agência AFP, a agência AP, CNN e várias emissoras de televisão daqui. Mais uma vez, nós conhecemos a história, eu já vi esse filme”, disse Maduro em um comício em San Cristóbal, no estado de Táchira, a oeste do país.
Segundo o presidente venezuelano, os meios de comunicação internacionais o censuram e “manipulam” informações sobre sua campanha eleitoral, à qual o acesso é limitado.
“Desde já estão gritando fraude”, disse Maduro. “Ninguém vai manchar o processo político. Se atravessarem o sinal vermelho, vão se arrepender por 200 anos, e será o último erro que vão cometer em suas vidas, será seu último erro político, haverá justiça contra os fascistas!”, afirmou.
Pesquisas de intenção de voto apontam para vitória na eleição para presidente da Venezuela
Em outro comício na semana passada, Maduro disse haverá “banho de sangue” e uma “guerra civil” na Venezuela caso ele não vença as eleições. A fala, que repercutiu mundialmente, foi condenada por líderes mundiais, como o presidente Lula.
Maduro já havia atacado as agências e veículos internacionais, que estão no país para cobrir as eleições. Na semana passada, o presidente os chamou de “lixo” e de “ponta de lança” de um suposto plano da oposição para denunciar fraudes nas eleições de 28 de julho.
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No próximo domingo (28), Maduro enfrentará nas urnas o opositor Edmundo González, o candidato que representa a política carismática, mas inabilitada, María Corina Machado, a quem a maioria das pesquisas colocam em vantagem.
O chavismo normalmente desconsidera essas pesquisas, alegando que são fabricadas, e apresenta suas próprias projeções que o favorecem.
Durante a campanha, que se encerra oficialmente na quinta-feira, foram detidos cerca de 100 opositores, segundo organizações de defesa dos direitos humanos.
O governo venezuelano, por outro lado, denunciou planos para atentar contra a vida do presidente e conspirações para derrubar o governo.
A Associação de Imprensa Estrangeira (APEX) reprovou os ataques aos veículos de informação. “Pedimos que não envolvam a imprensa internacional no debate político nem em acusações infundadas”, indicou.
A Venezuela aparece na 156ª colocação de 180 no índice mundial de liberdade de imprensa da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
Segundo o Colégio Nacional de Jornalistas (CNP, na sigla em espanhol), mais de 400 meios de comunicação fecharam as portas na Venezuela nos últimos 20 anos. O governo retirou do ar a popular emissora RCTV e ordenou a remoção do sinal da CNN en Español, da Deutsche Welle (DW) e das emissoras colombianas NTN24 e RCN das operadoras de TV a cabo. Durante comício em San Cristóbal na segunda (22), o presidente da Venezuela acusou os meios de comunicação internacionais, que estão no país para cobrir as eleições, de o censurar e “manipular” informações sobre sua campanha eleitoral. No poder desde 2012, Maduro tenta a reeleição para um terceiro mandato consecutivo no próximo domingo (28). Nicolás Maduro em 1º de maio de 2024
Leonardo Fernandez Viloria/Reuters
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou veículos da imprensa internacional, entre eles a agência de notícias AFP, de “assassinos de aluguel” nesta segunda-feira (22), a seis dias para as eleições presidenciais no próximo domingo (28).
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No poder desde 2012, Maduro tenta a reeleição para um terceiro mandato consecutivo. Ele assumiu interinamente o país após a morte de Hugo Chávez e foi eleito em 2013.
“Eles tentaram nos invisibilizar mil vezes, agora a operação é dirigida por assassinos de aluguel, assassinos de aluguel e da mentira, a agência EFE da Espanha, a agência AFP, a agência AP, CNN e várias emissoras de televisão daqui. Mais uma vez, nós conhecemos a história, eu já vi esse filme”, disse Maduro em um comício em San Cristóbal, no estado de Táchira, a oeste do país.
Segundo o presidente venezuelano, os meios de comunicação internacionais o censuram e “manipulam” informações sobre sua campanha eleitoral, à qual o acesso é limitado.
“Desde já estão gritando fraude”, disse Maduro. “Ninguém vai manchar o processo político. Se atravessarem o sinal vermelho, vão se arrepender por 200 anos, e será o último erro que vão cometer em suas vidas, será seu último erro político, haverá justiça contra os fascistas!”, afirmou.
Pesquisas de intenção de voto apontam para vitória na eleição para presidente da Venezuela
Em outro comício na semana passada, Maduro disse haverá “banho de sangue” e uma “guerra civil” na Venezuela caso ele não vença as eleições. A fala, que repercutiu mundialmente, foi condenada por líderes mundiais, como o presidente Lula.
Maduro já havia atacado as agências e veículos internacionais, que estão no país para cobrir as eleições. Na semana passada, o presidente os chamou de “lixo” e de “ponta de lança” de um suposto plano da oposição para denunciar fraudes nas eleições de 28 de julho.
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No próximo domingo (28), Maduro enfrentará nas urnas o opositor Edmundo González, o candidato que representa a política carismática, mas inabilitada, María Corina Machado, a quem a maioria das pesquisas colocam em vantagem.
O chavismo normalmente desconsidera essas pesquisas, alegando que são fabricadas, e apresenta suas próprias projeções que o favorecem.
Durante a campanha, que se encerra oficialmente na quinta-feira, foram detidos cerca de 100 opositores, segundo organizações de defesa dos direitos humanos.
O governo venezuelano, por outro lado, denunciou planos para atentar contra a vida do presidente e conspirações para derrubar o governo.
A Associação de Imprensa Estrangeira (APEX) reprovou os ataques aos veículos de informação. “Pedimos que não envolvam a imprensa internacional no debate político nem em acusações infundadas”, indicou.
A Venezuela aparece na 156ª colocação de 180 no índice mundial de liberdade de imprensa da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
Segundo o Colégio Nacional de Jornalistas (CNP, na sigla em espanhol), mais de 400 meios de comunicação fecharam as portas na Venezuela nos últimos 20 anos. O governo retirou do ar a popular emissora RCTV e ordenou a remoção do sinal da CNN en Español, da Deutsche Welle (DW) e das emissoras colombianas NTN24 e RCN das operadoras de TV a cabo. G1