Após 15 anos de restrição, Roraima finalmente pode exportar frutas, com a liberação formal do Mapa (Ministério da Agricultura). A medida põe fim a um longo período de impedimentos causado pela presença da mosca da carambola, praga detectada no Estado desde 2010.
A liberação foi formalizada pela Portaria n° 766 do Mapa, que estabelece novas normas para as áreas afetadas pela infestação. Desde o fim da restrição, a Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima) tem se empenhado em combater a praga para liberar a exportação.
Combate à praga e novas regras para exportação
O presidente da Aderr, Marcelo Parisi, destacou que as negociações com o Mapa para flexibilizar as regras começaram com mais intensidade em 2021. O objetivo era encontrar alternativas seguras para permitir que os produtores voltassem a exportar suas mercadorias.
“A nova instrução ainda necessita das medidas sanitárias como a manutenção das barreiras, toda essa parte continua acontecendo e depois dessas etapas cumpridas, passa para liberação por propriedades, regiões livres da praga que vão poder exportar mediante a certificação sanitária e também com as cargas monitoradas no seu embarque e caminhões lacrados”, esclareceu Parisi.
Antes da liberação, o protocolo do Mapa era seguido rigorosamente, com barreiras sanitárias que impediam a saída de frutas das áreas infectadas. Com a nova medida, as propriedades que comprovarem estar livres da praga, após vistoria técnica, poderão retomar as exportações.
Novas perspectivas para os produtores
A mosca da carambola é capaz de infectar até 40 tipos diferentes de frutos, afetando diretamente a produção de laranja, manga, goiaba, tomate e pimentas, principais produtos agrícolas de Roraima. A flexibilização das normas traz novas perspectivas para os produtores, com a possibilidade de expandir mercados e aumentar a geração de renda no estado.
“É uma alternativa que veio sendo trabalhada pelo Governo junto ao Ministério e que agora começa a se tornar realidade, o produtor tem uma nova perspectiva e impacta na geração de renda aqui no estado e da nossa população”, salientou Parisi.
SECOM RORAIMA
JORNALISTA: Bárbara Araújo
FOTOGRAFIA: Secom/RR