Pronunciamento do presidente contrastou com o de Trump, quase quatro anos atrás, ao se aferrar ao cargo e tentar reverter o resultado eleitoral. Biden defende a democracia e ‘passagem de bastão’ em 1º pronunciamento após desistência.
Evan Vucci/Reuters
A atmosfera no Salão Oval era melancólica e o tom, de despedida. Num pronunciamento à nação em horário nobre, o presidente Joe Biden tentou explicar aos americanos suas razões para não concorrer à reeleição como um ato de generosidade e sacrifício. “Eu reverencio este lugar, mas amo mais o meu país. A defesa da democracia, que está em jogo, é mais importante do que ocupar qualquer cargo.”
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No modo flashback, esta imagem contrastava com a de seu antecessor, no National Mall, no dia 6 de janeiro de 2021: raivoso e inconformado com a derrota, Donald Trump tentava reverter o resultado eleitoral, insuflando seus seguidores a impedirem a certificação de Biden numa sessão no Congresso. O que se viu depois foi o infame ataque de uma multidão de adeptos ao Capitólio e aos membros do Congresso.
São dois estilos diametralmente opostos de apego ao cargo, duas formas antagônicas de gerir o país e de deixar um legado. Após três semanas de impasse e resistência aos membros de seu partido, o atual presidente americano, aos 81 anos, aceitou abandonar a corrida a menos de quatro meses das eleições e “passar a tocha para a nova geração de democratas e de unir o país”.
No pronunciamento, Biden não revelou amargura em relação aos correligionários, que deixaram de vê-lo como o candidato adequado para derrotar Donald Trump, mas ressaltou que as necessidades do país importavam mais do que a sua própria ambição.
Biden faz discurso para explicar desistência da candidatura: ‘Passar o bastão à nova geração é o melhor caminho’
Suas palavras indicavam o fim da linha de uma carreira política de meio século. O atual presidente deixou claro, contudo, que não pretende ser um pato manco nos seis meses que ainda lhe restam na Casa Branca. A reforma da Suprema Corte, “essencial para a nossa democracia”, destacou-se na lista de prioridades que ele enumerou em seu apertado calendário.
Com sua maioria conservadora de 6-3, o mais alto tribunal americano se envolveu em escândalos éticos e reverteu decisões históricas, como a do aborto e a ação afirmativa, além de conceder ampla imunidade a ex-presidentes. O presidente americano anunciou que continuará a perseguir a paz no Oriente Médio e a libertação dos reféns e vai lutar para parar Putin em sua guerra na Ucrânia.
Biden parecia resignado a aceitar o fato de que a disputa eleitoral, que parecia entregue aos republicanos, mudou radicalmente a partir de sua decisão de desistir de buscar um segundo mandato. Mostrou nobreza ao reforçar o apoio à vice Kamala Harris como candidata democrata, que nos últimos dias unificou o partido, turbinou a campanha e reabriu os cofres de doadores. O atual presidente revelou entender o significado real da palavra patriotismo. Pronunciamento do presidente contrastou com o de Trump, quase quatro anos atrás, ao se aferrar ao cargo e tentar reverter o resultado eleitoral. Biden defende a democracia e ‘passagem de bastão’ em 1º pronunciamento após desistência.
Evan Vucci/Reuters
A atmosfera no Salão Oval era melancólica e o tom, de despedida. Num pronunciamento à nação em horário nobre, o presidente Joe Biden tentou explicar aos americanos suas razões para não concorrer à reeleição como um ato de generosidade e sacrifício. “Eu reverencio este lugar, mas amo mais o meu país. A defesa da democracia, que está em jogo, é mais importante do que ocupar qualquer cargo.”
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No modo flashback, esta imagem contrastava com a de seu antecessor, no National Mall, no dia 6 de janeiro de 2021: raivoso e inconformado com a derrota, Donald Trump tentava reverter o resultado eleitoral, insuflando seus seguidores a impedirem a certificação de Biden numa sessão no Congresso. O que se viu depois foi o infame ataque de uma multidão de adeptos ao Capitólio e aos membros do Congresso.
São dois estilos diametralmente opostos de apego ao cargo, duas formas antagônicas de gerir o país e de deixar um legado. Após três semanas de impasse e resistência aos membros de seu partido, o atual presidente americano, aos 81 anos, aceitou abandonar a corrida a menos de quatro meses das eleições e “passar a tocha para a nova geração de democratas e de unir o país”.
No pronunciamento, Biden não revelou amargura em relação aos correligionários, que deixaram de vê-lo como o candidato adequado para derrotar Donald Trump, mas ressaltou que as necessidades do país importavam mais do que a sua própria ambição.
Biden faz discurso para explicar desistência da candidatura: ‘Passar o bastão à nova geração é o melhor caminho’
Suas palavras indicavam o fim da linha de uma carreira política de meio século. O atual presidente deixou claro, contudo, que não pretende ser um pato manco nos seis meses que ainda lhe restam na Casa Branca. A reforma da Suprema Corte, “essencial para a nossa democracia”, destacou-se na lista de prioridades que ele enumerou em seu apertado calendário.
Com sua maioria conservadora de 6-3, o mais alto tribunal americano se envolveu em escândalos éticos e reverteu decisões históricas, como a do aborto e a ação afirmativa, além de conceder ampla imunidade a ex-presidentes. O presidente americano anunciou que continuará a perseguir a paz no Oriente Médio e a libertação dos reféns e vai lutar para parar Putin em sua guerra na Ucrânia.
Biden parecia resignado a aceitar o fato de que a disputa eleitoral, que parecia entregue aos republicanos, mudou radicalmente a partir de sua decisão de desistir de buscar um segundo mandato. Mostrou nobreza ao reforçar o apoio à vice Kamala Harris como candidata democrata, que nos últimos dias unificou o partido, turbinou a campanha e reabriu os cofres de doadores. O atual presidente revelou entender o significado real da palavra patriotismo. G1