O compromisso com a formação continuada dos professores da Rede Municipal de Ensino foi mais uma vez reforçado pela Prefeitura de Boa Vista. Cerca de 200 educadores da Educação Especial participam do II Congresso Internacional sobre o Transtorno do Espectro Autista em Roraima (CITEARR), evento que segue até este sábado, 17, no Centro Amazônico de Fronteiras (CAF/UFRR).
Promovido pela vereadora Bárbara Falcão em parceria com diversas instituições, o congresso debate temas urgentes relacionados ao TEA, como diagnóstico precoce, uso excessivo de telas, ética nas intervenções e os desafios da inclusão no ambiente escolar e no mercado de trabalho.
Educação inclusiva e qualificada
A participação dos professores foi viabilizada por meio da aquisição de ingressos pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC), reafirmando o compromisso da gestão municipal com uma educação inclusiva e qualificada. A gerente de Educação Especial da rede, Ana Paula Pinheiro, explica que a ideia é garantir que os professores estejam cada vez mais preparados para atuar com excelência dentro e fora da sala de aula.
“Essa ação formativa trará grandes contribuições na qualidade do ensino para os alunos autistas, preparando o profissional para um atendimento mais assertivo, promovendo de fato um ensino inclusivo. O evento auxiliará nossos profissionais em sua prática em sala de aula, para atender as especificidades que os alunos apresentam”, disse.
Diálogo e formação para transformar realidades
O congresso estimula reflexões profundas sobre práticas pedagógicas mais acolhedoras, baseadas na escuta sensível e no respeito à singularidade de cada aluno. Durante os três dias de programação, os educadores da rede municipal participam de palestras, minicursos e apresentações de trabalhos acadêmicos.
Graciete Barros, professora da Escola Municipal José Arnóbio da Silva, destacou a relevância do evento para qualificar ainda mais o trabalho pedagógico nas Salas de Recursos. “Estar aqui é muito importante, pois além de atualizarmos nossos conhecimentos, vivenciamos práticas que contribuem diretamente com o nosso dia a dia. Oficinas como a de adaptação de materiais didáticos fortalecem nosso trabalho e garantem uma educação mais equitativa e lúdica para nossos alunos”.
Ela também reforçou o compromisso social e transformador da educação inclusiva. “Ser professora da Educação Especial é ir além da sala de aula. É transformar, acolher e mostrar que é possível ensinar com empatia e respeito. Vivemos em uma sociedade diversa e precisamos adaptar nossas práticas para enxergar e atender o outro com humanidade e compromisso”.
Para Ângela Lopes, professora da Escola Municipal Palmira de Castro, o congresso amplia as possibilidades de atuação e apoio ao professor regente. “Participar de um evento como este nos proporciona novas metodologias e inovações que fazem diferença no processo de inclusão. Quero levar esse aprendizado para apoiar os professores e garantir que os alunos com TEA tenham acesso a atividades mais visuais, lúdicas e adequadas às suas necessidades”, disse.
