Em mais uma ação de acolhimento às vítimas de violência doméstica, o grupo terapêutico Flor de Lótus, projeto da Secretaria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa de Roraima (SEM/ALE-RR), promoveu uma palestra sobre a importância da assistência social no momento de “cura” dessas mulheres.
A ideia ao abordar o tema é mostrar que há outros caminhos de libertação para as mulheres que acreditam estar sem saída. A palestra foi ministrada pela assistente social convidada, Márcia Moreira.
A especialista explicou que o assistente social desempenha um papel fundamental ao acompanhar, orientar e encaminhar mulheres, seus filhos e familiares em situações vulneráveis. Visa garantir que essas mulheres sejam ouvidas e respeitadas, proporcionando-lhes um ambiente seguro e acolhedor, oferecendo suporte e orientação para superar desafios e alcançar sua autonomia.
“Eu trouxe uma reflexão para que nós possamos compreender a importância do papel da equipe multidisciplinar, com a presença não só do profissional, mas também das leis que conquistamos ao longo de muitas lutas, a fim de trabalhar o empoderamento e educação empreendedora dessas mulheres”, acrescentou.
Conforme explicou a servidora da SEM que atua como assistente social, Catarina Simões, ocorrem palestras todas quartas-feiras com temáticas sobre Psicologia, Assistência Jurídica e Assistência Social, áreas de atendimento na Secretaria.
“Nessa quarta-feira trouxemos um tema para que essas mulheres entendam que elas não estão sozinhas e que quando elas precisarem, nós, assistentes sociais, vamos inseri-las dentro de programas sociais, seja na esfera municipal, estadual ou federal”, disse.
Flor de Lótus
Esta é a segunda turma do grupo terapêutico Flor de Lótus, que foi criado neste ano para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar que queiram buscar o amor-próprio e o autoconhecimento.
Entretanto, o espaço também é aberto para quem deseja cuidar do próximo, como é o caso da babá Adrielli Alencar. Ela viu no grupo uma oportunidade de agregar reflexões e usar o conhecimento adquirido para ajudar mulheres vítimas de violência que participam da igreja em que ela congrega.
“Quero apoiar minha família e amigas que passam por violência doméstica com seus companheiros, pois muitas delas não têm conhecimento dessa rede de apoio. Então, vim em busca de ajudar outras pessoas a enxergarem uma saída”, enfatizou.
Adrielli também pretende ajudar parentes próximos, como a mãe e o irmão, que enfrentam problemas de saúde mental. “Eu tenho um irmão com esquizofrenia e minha mãe tem síndrome do pânico, então eu busquei participar e aprender formas de lidar com toda essa situação para ajudá-los”, contou.
Os encontros ocorrem todas às quartas-feiras, das 9h às 10h, na Secretaria Especial da Mulher, situada na Avenida Santos Dumont, 1470, bairro Aparecida, em Boa Vista. Interessadas em participar devem ir à unidade se inscrever ou entrar em contato pela ferramenta ZapChame no número (95) 98402-0502.
Texto: Bruna Cássia
Fotos: Alfredo Maia
SupCom ALE-RR