Facilitar e permitir uma conversação mais assertiva entre autistas e não autistas é a finalidade do “Curso Introdutório de Comunicação Aumentativa e Alternativa” promovido pelo Centro de Acolhimento ao Autista (Teamarr), da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), neste sábado (22).
As aulas teóricas e práticas para as duas turmas serão ministradas na sede do Teamarr, na Avenida Santos Dumont, nº 1193, bairro São Francisco, sendo a primeira das 8h às 12h, e a segunda, das 14h às 18h. Os interessados na atividade gratuita devem clicar neste link para se inscrever: Curso Introdutório de Comunicação Aumentativa e Alternativa – Fonoaudióloga Tassia Souza (google.com).
“Quando se trata de público autista, sempre há uma certa dificuldade, como com a comunicação, e por isso surgiu essa demanda. O curso vem para complementar, auxiliar na conversação ou até mesmo ser uma parte principal, para que haja esse diálogo entre pais e filhos, ou qualquer pessoa que tiver interesse em se capacitar para conversar com a criança autista”, explicou o servidor do Teamarr Erberson Silva.
Ele ressaltou que as aulas para a terceira turma acontecem em 28 de junho, também das 8h às 12h. A fonoaudióloga Tassya Kelly Silva, responsável por ministrar o curso, explicou que o objetivo é trabalhar a comunicação alternativa para minimizar os impactos negativos resultantes da falta de compreensão comunicacional entre autistas e não autistas, que geralmente ocasionam crises comportamentais.
“Vamos falar da teoria e trazer um pouquinho de prática por meio de uma oficina, fazendo a construção de todo esse material com toda a turma. A comunicação alternativa é feita de símbolos, de pictogramas, figuras e imagens que nós apresentamos para aquele indivíduo de comunicação complexa. Vamos ensinar os pais e os responsáveis a conversarem por meio de símbolos, lembrando que a comunicação alternativa não é somente para pessoas não verbais, mas para toda pessoa que apresenta uma dificuldade complexa de comunicação, de nível de palavras e frases.”
Conforme detalhou Tassya, a comunicação alternativa vai contribuir diretamente para melhorar o comportamento do autista. “Muitas crianças entram em crise porque não conseguem expressar o que estão sentindo, se é dor, raiva, tristeza. O método vem trazendo essa oportunidade para a criança se comunicar, e, assim, diminuir toda aquela crise, aqueles comportamentos disruptivos”, ressaltou.
Teamarr
O Centro de Acolhimento ao Autista atende crianças e adolescentes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), realiza terapias, faz encaminhamentos e capacita familiares e profissionais da saúde. Os interessados nos serviços, todos ofertados gratuitamente à comunidade, podem procurar a sede do órgão, das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira.
Texto: Marilena Freitas
Fotos: Nonato Sousa
SupCom ALE-RR