O fortalecimento da agricultura familiar de Boa Vista tem sido essencial para impulsionar a economia local e garantir o desenvolvimento da cidade. Benefícios como assistência técnica especializada, máquinas agrícolas, fornecimento de sistemas de irrigação com energia fotovoltaica, dentre outros incentivos, geram emprego e renda, além de circular mais recursos no comércio e serviços urbanos.
Os reflexos desses investimentos vão além da lavoura, impulsionam a cadeia produtiva e contribuem diretamente para o crescimento social e econômico. No maior evento do agro de Roraima, a AgroBV, empresários comercializam produtos do campo. De acordo com o secretário de Agricultura e Assuntos Indígenas, Cezar Riva, ao investir no campo, consequentemente, a prefeitura também investe na cidade.
“Grande parte dessa produção é absorvida pelo mercado local, isso quer dizer que o produto chega à mesa do cidadão boavistense com uma qualidade maior e a preço menor. Ao mesmo tempo, a prefeitura faz a aquisição de parte dessa produção da agricultura familiar e indígena para o fornecimento da merenda escolar. Hoje damos assistência para que o agricultor tenha condições de produzir tanto no inverno, quanto no verão”, explicou.
Da zona rural ao urbano
Abastecendo feiras, mercados, cooperativas, escolas e comércios urbanos, os produtos cultivados na zona rural geram renda para os produtores, estimulam o consumo de alimentos frescos e movimentam diferentes setores, como transporte, logística e varejo. Esse fluxo constante entre campo e cidade valoriza o trabalho do produtor, incentiva a agricultura familiar e cria um ciclo econômico sustentável.
Moradora da região Truaru há 6 anos, Antônia da Silva produz milho, banana, macaxeira, batata-doce, abobrinha, pimenta e ovos no sítio da família. A colheita da agricultora tem destino certo. “A gente conseguiu alcançar os maiores mercados da cidade. Destinamos parte da nossa produção a esses estabelecimentos e a outra metade vai para a merenda escolar das crianças. Sem o apoio da prefeitura, a gente não teria construído tudo o que temos hoje”, contou.
A atual gestão investiu mais de R$ 62 milhões no setor agrícola para que os agricultores possam produzir durante todo o ano. Outro exemplo de trabalho que reflete na área urbana é a agricultura Daniele Lira, moradora da região Murupu. A produtora, junto com a família, cultiva abacaxi, melancia, milho, macaxeira e batata-doce, além de comercializar os produtos em uma feira da cidade.
“Estamos participando da nossa primeira AgroBV, comercializando os produtos e tem sido gratificante. No dia a dia, a gente planta, colhe e leva para a cidade. Diferente de outros agricultores, a gente cultiva e comercializa com a população, ou seja, com o consumidor final. Trabalhamos na feira da cidade. Nosso método de trabalho é muito corrido, mas é gratificante porque entregamos um produto fresco, de qualidade e com um bom preço”, destacou.
