Documento, direcionado a Joe Biden e Kamala Harris, foi assinado por 45 médicos e enfermeiras que fazem parte de grupo de ajuda humanitária que está na Faixa de Gaza desde o começo da guerra entre o governo israelense e o grupo terrorista Hamas. Cirurgião divulga carta aberta redigida por ele e outros colegas que são voluntários em Gaza para o governo dos EUA
Reprodução/X
Um grupo de 45 médicos e enfermeiros voluntários que está na Faixa de Gaza prestando ajuda humanitária desde o começo da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas divulgou uma carta aberta ao governo dos Estados Unidos nesta quinta-feira (25).
No documento, direcionado ao presidente, Joe Biden, e à vice-presidente, Kamala Harris, os profissionais de saúde relatam os horrores que têm visto em quase dez meses na região e encerram o relato com o seguinte apelo:
“Presidente Biden e vice-presidente Harris, nós pedimos a vocês: deem um fim a essa loucura agora!”
A carta começa com depoimentos individuais de quatro dos profissionais. São depoimentos fortes que falam em milhares de crianças e mulheres mutiladas, morte de recém-nascidos e cenas duras que se tornaram rotina no dia a dia do grupo.
Dr. Feroze Sidhwa, cirurgião de trauma e cuidados intensivos: “Nunca vi ferimentos tão horríveis, numa escala tão grande, com tão poucos recursos. As nossas bombas estão estraçalhando mulheres e crianças aos milhares. Os seus corpos mutilados são um monumento à crueldade.
Dr. Thalia Pachiyannakis, ginecologista e obstetra: Vi tantas mortes de recém-nascidos e mães que poderiam ter sido facilmente evitadas se os hospitais estivessem funcionando normalmente.
Asma Taha, enfermeira pediátrica: Todos os dias eu vi bebês morrerem. Eles nasceram saudáveis, mas suas mães estavam tão desnutridas que não conseguiam amamentar e não tínhamos fórmula nem água potável para alimentá-los, por isso eles morriam de fome.
Dr. Mark Perlmutter, cirurgião ortopédico: Em Gaza foi a primeira vez que segurei o cérebro de um bebê nas mãos. O primeiro de muitos.
Ataque de Israel a Gaza deixa ao menos 70 mortos e provoca corrida de palestinos
A divulgação do documento ocorre um dia depois de Benjamin Netanyahu fazer um discurso no Congresso americano. O primeiro-ministro foi recebido no Capitólio com protestos pró-Palestina e pró-Israel e boicote de alguns congressistas democratas, mas foi ovacionado diversas vezes pelos presentes.
Desde o começo da guerra, os Estados Unidos vem apoiando financeiramente e belicamente o governo de Israel, apesar de algumas pressões recentes por causa da morte de civis. Em maio, o presidente americano interrompeu o envio de bombas ao país.
“Presidente Biden, gostaríamos que você pudesse ver os pesadelos que atormentam tantos de nós desde que voltamos: sonhos com crianças mutiladas por nossas armas, e suas mães inconsoláveis implorando que as salvemos. Gostaríamos que você pudesse ouvir o choro e gritos que nossas consciências não nos deixarão esquecer. Não podemos acreditar que alguém continue a armar o país que mata deliberadamente estas crianças depois de ver o que vimos”, diz o texto.
Os voluntários também disseram que o número de mortos no conflito é maior do que o que está sendo divulgado:
“É provável que o número de mortos neste conflito já seja superior a 92 mil, uns surpreendentes 4,2% da população de Gaza”. Documento, direcionado a Joe Biden e Kamala Harris, foi assinado por 45 médicos e enfermeiras que fazem parte de grupo de ajuda humanitária que está na Faixa de Gaza desde o começo da guerra entre o governo israelense e o grupo terrorista Hamas. Cirurgião divulga carta aberta redigida por ele e outros colegas que são voluntários em Gaza para o governo dos EUA
Reprodução/X
Um grupo de 45 médicos e enfermeiros voluntários que está na Faixa de Gaza prestando ajuda humanitária desde o começo da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas divulgou uma carta aberta ao governo dos Estados Unidos nesta quinta-feira (25).
No documento, direcionado ao presidente, Joe Biden, e à vice-presidente, Kamala Harris, os profissionais de saúde relatam os horrores que têm visto em quase dez meses na região e encerram o relato com o seguinte apelo:
“Presidente Biden e vice-presidente Harris, nós pedimos a vocês: deem um fim a essa loucura agora!”
A carta começa com depoimentos individuais de quatro dos profissionais. São depoimentos fortes que falam em milhares de crianças e mulheres mutiladas, morte de recém-nascidos e cenas duras que se tornaram rotina no dia a dia do grupo.
Dr. Feroze Sidhwa, cirurgião de trauma e cuidados intensivos: “Nunca vi ferimentos tão horríveis, numa escala tão grande, com tão poucos recursos. As nossas bombas estão estraçalhando mulheres e crianças aos milhares. Os seus corpos mutilados são um monumento à crueldade.
Dr. Thalia Pachiyannakis, ginecologista e obstetra: Vi tantas mortes de recém-nascidos e mães que poderiam ter sido facilmente evitadas se os hospitais estivessem funcionando normalmente.
Asma Taha, enfermeira pediátrica: Todos os dias eu vi bebês morrerem. Eles nasceram saudáveis, mas suas mães estavam tão desnutridas que não conseguiam amamentar e não tínhamos fórmula nem água potável para alimentá-los, por isso eles morriam de fome.
Dr. Mark Perlmutter, cirurgião ortopédico: Em Gaza foi a primeira vez que segurei o cérebro de um bebê nas mãos. O primeiro de muitos.
Ataque de Israel a Gaza deixa ao menos 70 mortos e provoca corrida de palestinos
A divulgação do documento ocorre um dia depois de Benjamin Netanyahu fazer um discurso no Congresso americano. O primeiro-ministro foi recebido no Capitólio com protestos pró-Palestina e pró-Israel e boicote de alguns congressistas democratas, mas foi ovacionado diversas vezes pelos presentes.
Desde o começo da guerra, os Estados Unidos vem apoiando financeiramente e belicamente o governo de Israel, apesar de algumas pressões recentes por causa da morte de civis. Em maio, o presidente americano interrompeu o envio de bombas ao país.
“Presidente Biden, gostaríamos que você pudesse ver os pesadelos que atormentam tantos de nós desde que voltamos: sonhos com crianças mutiladas por nossas armas, e suas mães inconsoláveis implorando que as salvemos. Gostaríamos que você pudesse ouvir o choro e gritos que nossas consciências não nos deixarão esquecer. Não podemos acreditar que alguém continue a armar o país que mata deliberadamente estas crianças depois de ver o que vimos”, diz o texto.
Os voluntários também disseram que o número de mortos no conflito é maior do que o que está sendo divulgado:
“É provável que o número de mortos neste conflito já seja superior a 92 mil, uns surpreendentes 4,2% da população de Gaza”. G1